Ovo está mais para mocinho do que para vilão

Ele já foi considerado vilão. Depois, a classe médica o absolveu de culpas infundadas. Estamos falando do ovo, um alimento barato e de fácil acesso que está presente na mesa da maioria das pessoas – se não na forma original, em preparações como bolos, tortas e pães. A rejeição que sofreu nas décadas de 1980 e 1990 – quando seu consumo foi relacionado ao possível desenvolvimento de doenças cardíacas – parece que ficou, definitivamente, para trás.
 
Estudo feito em 2012 pela Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, mostrou que o consumo de um ovo inteiro no café da manhã pode ser eficiente para melhorar os níveis do HDL, o bom colesterol, na corrente sanguínea de indivíduos com síndrome metabólica – isto é, que apresentam fatores de risco para doenças cardiovasculares (ataques cardíacos e derrames cerebrais) e diabetes. O HDL retira a gordura do sangue e a leva de volta ao fígado, evitando que se formem depósitos de gordura nos vasos.
 
Outra pesquisa, desta vez realizada pela Universidade de Missouri, também norte-americana, descobriu que garotas que ingeriam café da manhã altamente proteico, com 35 g de proteína de ovo e carne, tiveram a sensação de saciedade aumentada. As jovens também comeram menos lanches, especialmente os gordurosos, ao longo do dia.
 
A absolvição do ovo foi ainda atestada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos: segundo o órgão, o produto tem 185 mg de colesterol, em vez das 215 mg apontadas em estimativa anterior (portanto, 14% menos), com quantidade relativamente baixa de gordura saturada (que eleva o colesterol). Além disso, é uma ótima fonte de vitaminas A e do complexo B, carotenoides (que ajudam na prevenção de doenças degenerativas) e minerais como ferro, fósforo, selênio e zinco.